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Este artigo aborda o confronto entre um catolicismo autoritário, tridentino e romanizador, que penetrou no Brasil na segunda metade do século XIX e se consolidou nas primeiras décadas do século XX, e o catolicismo tradicional vigente, de fortes raízes populares. Em sua obsessão pela unanimidade, o ultramontanismo negou as outras formas de ser católico, estabelecendo as dicotomias entre o velho e o novo, o bom e o mau. Entretanto, as velhas formas de religiosidade popular resistiram, mantendo ainda hoje uma inesgotável fonte de devoção e de fé.